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21/12/2019

O futuro do varejo passa pela China.

Conheça os quatro fatores principais que explicam esse fenômeno.

Por: Eduardo Terra

Acabo de voltar da minha terceira viagem pela China e vou mais uma vez este ano. O motivo de tantas horas no avião é que, de fato, as coisas estão mudando a partir desse país. 

A China nos impressiona muito, trazendo muitas provocações inclusive para os Estados Unidos, para a Europa e para o Brasil. Confira quais são os quatro fatores que explicam por que as tendências e o futuro da distribuição do consumo e do varejo estão lá. 

  1. Pagamento móvel

No varejo, pagamento é de um lado, custo para o varejista, e do outro, atrito e dificuldade para o consumidor. Nesse cenário, a China pulou etapas usando o QR Code para o pagamento com aplicativos, deixando de ser tendência para se tornar realidade. Não existe mais dinheiro em espécie e não se usa mais o plástico.

O pagamento da grande massa de consumidores tem sido feito pelo uso de aplicativos, como por exemplo dois em especial, WeChat e o Alipay. Isso trouxe uma experiência de compra muito superior para o consumidor que não usa mais carteira e que está sempre usando seu celular para ver promoção, para pagar e para interagir. E para as empresas, observa-se duas coisas: uma redução no custo do pagamento em si e uma plataforma de relacionamento de CRM com os consumidores usando esses aplicativos.

2. Uso de dados

O uso massivo de dados traz inteligência para os negócios. A expansão do varejo na China tem nível de precisão que nunca foi visto – eles sabem exatamente a região onde uma nova loja vai abrir, seu potencial de venda, quantas pessoas vivem ali e como elas podem ser acessadas. 

Desta forma, a assertividade em abrir uma nova loja e outros fatores como preço, sortimento e promoção, é algo novo e inédito. Os dados são usados não só para a expansão, mas para toda a definição estratégica e inteligência do negócio.

  1. Ecossistemas

Os chamados ecossistemas, como o Alibaba, JD, Tencent e Baidu são grandes plataformas de serviços e consumo na China, e tem trazido provocações para a própria Amazon. Esse modelo de negócios existe no Brasil para casos como o Mercado Livre, Magazine Luiza, Via Varejo e Carrefour.

O grande ecossistema chinês, o Alibaba, possui layers estruturais de tecnologia, de marketing, de logística e de pagamento que suportam plataformas de negócio. Eles têm uma proposta de valor inclusive para o pequeno varejo, que oferece um enxoval de digitalização para um pequeno mercado. Algumas ações são a melhora das lojas físicas e profissionaliza quem usa o sistema de gestão do Alibaba. Na hora de usar esse sistema, eles “espetam” esse pequeno varejo em seu Market Place, e começam a vender por toda a China, usando seu estoque e a capacidade de entrega da própria loja.

São propostas de valor que envolvem pagamento, Market Place e uso de dados. Com quase 30 mil engenheiros de dados, o Alibaba, assim como outros ecossistemas chineses, tem um varejo à frente de outros tempos.

4. New Retail

O New Retail é o quarto e o último motivo pelo qual o futuro do varejo passa pela China. Esse conceito traz uma nova definição do que é uma loja física, como o Hema (Alibaba) e no 7-Fresh (JD). São lojas absolutamente integradas com o e-commerce, onde é possível comprar online e retirar na loja, ou até mesmo comprar na loja e receber em casa, com sortimento, pagamento móvel, integração de dados e preços absolutamente ligados. Chamamos esse conceito de omnicanalidade total, pois não se separa mais o que é online e o que é loja, trazendo experiência, inteligência e produtividade para o futuro das lojas físicas.

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